Exposição no Museu da Paz destaca missão da FEB após fim do conflito


Exposição evidencia a história dos pracinhas na reconstrução da paz, após o fim da guerra

Miraci, filha do Expedicionário
José Ribeiro
José Ribeiro
Depois dos combates, os pracinhas brasileiros permaneceram por vários meses em solo italiano, assumindo novas funções em uma Europa devastada. Sua missão passou a ser a reconstrução da paz, auxiliando na reorganização das cidades, oferecendo ajuda humanitária e mantendo a ordem em um país marcado pela destruição.
A mostra apresenta uma seleção de documentos originais que retratam o cotidiano dos soldados em um período de transição. Cartas e cartões-postais revelam sentimentos de saudade e esperança. Há, também, licenças e salvo-condutos, ou seja, documentos que autorizam o trânsito livremente, além de fôlderes turísticos, ingressos de teatro e cinema, que demonstram o vínculo com a cultura local. Cédulas dos aliados refletem as adaptações econômicas do pós-guerra.


Em meio às ruínas e ao silêncio do pós-guerra, a atuação dos pracinhas revelou o compromisso do Brasil com os ideais de paz e democracia. “Trata-se de uma oportunidade única de mergulhar em uma narrativa construída com papéis, memórias e gestos que também fazem parte da história da vitória“, destaca a chefe dos Museus, Ivana Cavalcanti. A Curadoria da exposição é do museólogo Gustavo F. Voltolini.
A FEB recebida pela população de Massarosa

O Brasil declarou guerra ao Eixo em 22 de agosto de 1942 e enviou a Força Expedicionária Brasileira (FEB), composta por 25.334 pessoas, em 1944. Destas, aproximdadamente 54 eram de Jaraguá do Sul e 98 da região do Vale do Itapocu, segundo o historiador, Ademir Pfiffer, autor do livro “Os Catarinas na II Guerra Mundial: narrativas, trajetórias e memórias – FEB, ANVFEB, Museu da Paz e AAMPAZ, a ser publicado.
A FEB esteve em diversas c
idades italianas durante a Segunda Guerra Mundial, incluindo Nápoles, onde a FEB desembarcou, em 16 de julho de 1944 (fotos);
Tarquinia; Massarosa; Camaiore; Monte Prano; Monte Castelo, local de uma das principais vitórias da FEB, conquistada em fevereiro de 1945; Castelnuovo; Livorno; Montese, tombada pela FEB em abril de 1945, numa batalha sangrenta; Zocca; Fornovo di Taro, local de captura de mais de 15 mil soldados alemães, em abril de 1945; Alesandria e Turim. (Fotos históricas e pesquisa: Força Expedicionária Brasileira)

Tarquinia; Massarosa; Camaiore; Monte Prano; Monte Castelo, local de uma das principais vitórias da FEB, conquistada em fevereiro de 1945; Castelnuovo; Livorno; Montese, tombada pela FEB em abril de 1945, numa batalha sangrenta; Zocca; Fornovo di Taro, local de captura de mais de 15 mil soldados alemães, em abril de 1945; Alesandria e Turim. (Fotos históricas e pesquisa: Força Expedicionária Brasileira)

Horário de visitação: De segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13 às 16h30. Sábados legais: das 9 às 12 horas.