Como funcionam os sistemas e sinalizações no trânsito em Jaraguá do Sul
De semáforos inteligentes à caixa amarela, tecnologia ajuda na fluidez do trânsito, mas eficácia depende da correta interpretação e respeito às regras
A Prefeitura de Jaraguá do Sul tem investido em soluções modernas para melhorar a mobilidade urbana, como semáforos inteligentes, faixas de pedestres elevadas, sinalizações horizontais mais visíveis, pintura de “caixas amarelas” nos cruzamentos e sensores de fluxo veicular.
Essas medidas buscam otimizar o tempo de deslocamento, reduzir congestionamentos e aumentar a segurança de motoristas, ciclistas e pedestres. A combinação entre infraestrutura inteligente e educação no trânsito é a chave para que as melhorias implantadas sejam efetivas.
Semáforo em laço
Na semana passada, entrou em funcionamento o novo semáforo da Rua Pedro Gonzaga. O equipamento utiliza um sistema chamado semáforo em laço indutivo. Nele, cabos embutidos no asfalto detectam a passagem do veículo. Para o sinal abrir, o carro precisa passar ou estar posicionado sobre o laço.
Caso o motorista pare antes deste laço, o semáforo não será acionado. Situação semelhante ocorre em outros pontos da cidade, como na Rua Walter Marquardt, em frente ao SESI, no acesso à Prefeitura. Se o motorista observar, no chão há um quadrado, esta é a área do laço onde o carro precisa passar, por isso é sempre importante parar próximo a linha de retenção.
Marcação de Área de Conflito (MAC)
Outro recurso presente na cidade é a Marcação de Área de Conflito (MAC) conhecida como yellow box ou caixa amarela. Essa marcação quadriculada no asfalto indica que o cruzamento não pode ser ocupado por veículos parados. A regra é simples: só entre na caixa se houver espaço para sair dela. Parar dentro dela e bloquear a passagem prejudica a fluidez e pode gerar multas.
Esse tipo de sinalização é especialmente útil em áreas de tráfego intenso e cruzamentos sem recuo, onde qualquer bloqueio pode provocar longas filas. Em Jaraguá do Sul, a aplicação da caixa amarela faz parte do conjunto de medidas para modernizar e tornar mais eficiente o gerenciamento do tráfego urbano.
Cruz de Santo André
Já a Cruz de Santo André, um “X” branco pintado no chão, indica travessia de linha férrea. Diferente da caixa amarela, nessa sinalização é permitido parar sobre a marca se necessário, mas o condutor deve redobrar a atenção, reduzir a velocidade e parar caso haja sinalização de trem se aproximando.
Portanto, a Cruz de Santo André funciona como um alerta antecipado: mesmo sem a presença imediata de um trem, a marca lembra ao motorista que está entrando em uma área de risco e que a atenção deve ser total. Diferente da caixa amarela, essa marcação não proíbe que o veículo pare sobre ela, caso seja necessário.
Semáforos inteligentes
Jaraguá do Sul utiliza semáforos inteligentes como parte da estratégia de modernização do trânsito. Esses equipamentos são conectados a sensores instalados no asfalto e câmeras de monitoramento que analisam, em tempo real, a quantidade e a velocidade dos veículos que se aproximam dos cruzamentos.
A tecnologia permite que o tempo de verde e vermelho seja ajustado de forma automática, priorizando o sentido com maior movimento. Em situações de baixo fluxo, o sistema pode reagir rapidamente: se nenhum veículo passar durante aproximadamente quatro segundos, o sinal é fechado, liberando a passagem para a via transversal.
O recurso evita que motoristas enfrentem longos períodos parados no sinal. Outra vantagem é a possibilidade de integração com o centro de controle de tráfego da cidade. Em casos de eventos, acidentes ou obras, a programação pode ser ajustada remotamente, permitindo respostas rápidas a situações imprevistas.
Onda Verde
Outro recurso é a chamada onda verde — quando vários semáforos abrem em sequência para quem mantém a velocidade indicada, reduzindo paradas, economizando combustível e diminuindo congestionamentos. Esse sistema já funciona na Rua Reinoldo Rau e na Avenida Marechal Deodoro da Fonseca.
O sucesso da onda verde, no entanto, depende não apenas da programação semafórica, mas também da disciplina dos condutores. Circular acima ou abaixo da velocidade indicada quebra a sequência planejada, forçando paradas desnecessárias e prejudicando a eficiência do sistema.
De acordo com a engenheira Luciana Hartmann, supervisora de Circulação Viária na Diretoria de Trânsito e Transporte, o funcionamento eficiente dos sistemas de tráfego depende do comportamento dos motoristas. “Respeitar a sinalização, evitar bloqueios e manter a velocidade recomendada favorece a fluidez e a segurança, enquanto infrações geram atrasos, riscos e prejudicam toda a mobilidade urbana.”